Proposta de trabalho #3: Memória fotográfica

Proposta de trabalho #3: Infografia

“Com base num material de caráter jornalístico (artigo/notícia) desenvolva uma infografia orientada para um contexto editorial específico.

Objectivos:

  • Compreender o conceito de imagem enquanto elemento e linguagem de comunicação visual;
  • Desenvolver a capacidade de interpretar e apresentar visualmente informação;
  • Explorar a infografia enquanto linguagem informativa, desenvolver a capacidade de visualização do pensamento e comunicação visual de informação;
  • Capacidade de identificar os elementos infográficos;
  • Compreender o processo de construção de uma infografia;
  • Capacidade de integrar uma infografia num contexto editorial específico;”

 

Infografia

Apesar de ser uma atividade conferida a designers, a infografia é tratada mais frequentemente sob uma perspectiva jornalística. Por isso tem sido mais usada na vertente da comunicação e é vista em contextos de aplicação como jornais, revistas e media digital devido à sua natureza informacional.

As infografias são comuns ao jornalismo contemporâneo, mas comportam-se de forma diferente da estrutura gráfica jornalística tradicional. É importante diferenciar a infografia de recursos gráficos tradicionais como mapas, gráfico estatísticos, diagramas e a ilustrações, pois estes costumam servir como complementos de textos escritos. Já a infografia jornalística é principalmente um meio de informação que combina esses diferentes recursos. Além disso, atuam como matérias jornalísticas independentes, não sendo necessariamente subordinados a outros textos jornalísticos.

Há diversas formas de definir “infografia”, entretanto, a definição mais fundamental parte do próprio significado da palavra. Ribeiro (2008) afirma que a expressão vem do termo inglês “infographic”, uma redução de “information graphic”, que significa “informação gráfica”. Em português, o termo “grafia” denota escrita e “info” remete a informação. Desta construção, diz-se que infografia é “informação + gráfico”, geralmente interpretado como uma imagem acompanhada de texto.

Segundo Horn (1998:8), a integração de texto, imagens e formas numa única unidade de comunicação e/ ou o uso de texto e imagens ou texto e formas para compor uma única unidade de comunicação definem a linguagem visual.

Os gráficos explorados pela infografia, são, portanto, dados já interpretados. Diversos autores propõem classificação desses gráficos, levando em consideração e teor do conteúdo, como Tufte (2001) e Rajamanickam (2005). Tufte (2001) defende que as infografias são configurados em desenhos gráficos fundamentais:

  • Mapas – as informações estão interligadas a fronteiras, formas e áreas geográficas.
  • Cronologias – lida com a ordenação natural de escalas de tempo. Permite comparações entre momentos da escala escolhida.
  • Gráficos relacionais – consiste em relacionar duas variáveis em um mesmo gráfico, com plano cartesiano (x e y) ou medidas abstratas.

Memória fotográfica

Relativamente a esta proposta de trabalho, foi sugerido pelo professor trabalhar um tema de uma lista disponibilizada pelo JPN. Assim, decidi trabalhar a temática dos alfarrabistas do Porto.

Inicialmente foi fornecida pelo JPN uma lista com os alfarrabistas da cidade do Porto, bem como os contactos de e-mail e telefónico e as moradas. Contudo, constatei que a lista estava bastante incompleta, por isso decidi fazer a minha própria pesquisa. Encontrei uma quantidade de alfarrabistas superior à previamente obtida e, quer através de telemóvel, quer presencialmente, estabeleci contacto com os alfarrabistas de forma a poder recolher informação.

Primeiro, estabeleci as perguntas a colocar consoante os dados que pretendia saber e fui registando a informação.

  1. Inauguração
  2. Quantidade de livros em loja
  3. Nacionalidades dos autores
  4. Idioma dos livros
  5. Géneros
  6. Amplitude dos preços e mediana
  7. Livro mais antigo
  8. Outros

Depois da informação recolhida, comecei a pensar em como a iria organizar na infografia e que recursos iria utilizar. Assim, comecei por esboçar o seguinte esquema:

Dado que o mapa é um dos elementos gráficos essenciais das infografias (Tufte), em relação à localização dos alfarrabistas, primeiro pensei no tradicional mapa da baixa da cidade. No entanto, por talvez ser um elemento “pesado” e por alguns dos alfarrabistas se encontrarem longe do centro (aí teria de ser um papa de uma dimensão maior), não achei adequado utilizar um mapa. Por isso, pensei num diagrama a partir da estação de São Bento com as livrarias e as distâncias. A estação de São Bento porque é um ponto de chegada da cidade e localiza-se no centro de um círculo hipotético da localização das lojas.

Comecei por fazer um segmento de reta na vertical que representava a Avenida dos Aliados e para a esquerda e para a direita partiam ramos que representavam os alfarrabistas conforme a sua localização. Desisti desse formato por questões estéticas e de organização.

Assim, decidi continuar com o segmento de recta-Aliados, mas desta vez, trabalhar com uma aliespécie de régua organizada por ordem decrescente de proximidade à Avenida.

No segmento horizontal perpendicular com o segmento amarelo encontra-se a distância em metros ou quilómetros das livrarias em relação à Avenida dos Aliados. O motivo da escolha da Avenida dos Aliados é o mesmo que o da estação de São Bento na ideia inicial, ou seja, ser um local central e de grande concentração e passagem de pessoas. Como marca d’água, editei uma imagem do mapa da cidade do porto e coloquei na vertical por uma questão estética. Já na identificação dos alfarrabistas, referi o nome da loja e a rua onde esta se situa.

De seguida trabalhei as nacionalidades dos autores dos livros disponíveis, identificadas pelas bandeiras dos respectivos países. São nacionalidades conhecidas do público em geral por isso não vi necessidade de colocar legenda.nac

Depois, decidi criar uma cronologia acerca do ano de fundação/inauguração dos alfarrabistas, visto esta estar incluída nos elementos gráficos que devem fazer parte de uma infografia. Elaborei a cronologia no Adobe Ilustrator e de seguida editei e criei a marca d’água no Adobe Photoshop. Penso que não é muito visível, mas tentei que o espaçamento entre datas fosse proporcional ao espaço de tempo entre as mesmas. Chegeui a colocar uma marca d’água, dada a sua forma ondulada, sugeria a flutuação e o passar do tempo, para além de compor e acompanhar esteticamente a cronologia, mas retirei por achar que criava ruído visual.

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O elemento que elaborei seguidamente foi o pictograma relativo à quantidade de livros disponíveis em loja por cada alfarrabista. Foi o elemento mais trabalhoso uma vez que tive de criar todos os elementos do pictograma, isto é, os livros que servem de unidade de medida. Optei pelos livros pela razão óbvia de o tema da infografia estar diretamente relacionado com livros.

Todos os elementos da infografia foram criados e trabalhos por mim no Adobe Photoshop ou Ilustrator, excluindo a última imagem (o património), que apenas trabalhei no Photoshop posteriormente de forma a adequar-se à infografia.
Dado que a amplitude de quantidades ia de 4 mil livros a um milhão, tive de estabelecer diferentes quantidades de medida para simplificar a leitura do pictograma. Assim, estabeleci três quantidades (100 mil, 10 mil e mil unidades – livros) e organizei-as de modo a que a leitura fosse rápida e inequívoca.

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Para além disso, tive o cuidado de identificar o título e conteúdo de todas as figuras e colocar uma legenda adicional se necessário.

No que diz respeito aos géneros literários, achei que um gráfico circular era a melhor forma de quantificar os mais significativos e os menos. Assim, com os dados que tinha (realço que todos os dados que utilizei para a elaboração da infografia foram cedidos pelos próprios alfarrabistas) fiz no Microsoft Office Excel um gráfico circular representativo dos géneros literários disponíveis nas lojas e de seguida trabalhei o gráfico no Photoshop para corresponder ao modelo estético (nomeadamente as cores) utilizado na restante infografia.

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Por fim, achei que era importante analisar o preço dos livros e que a melhor forma de o fazer era comparar a amplitude entre o preço mais baixo e o mais elevado, bem como a mediana de preços, ou seja, os valores mais comuns (não optei por analisar a média pois esta não ia ser uma boa representação neste caso, uma vez que a amplitude entre preços é muito grande). Joguei com o símbolo do Euro de modo a criar alguma dinâmica na composição. Por outro lado, desta forma é imediatamente visível que a informação ali tratada diz respeito a valores monetários.eu

Por fim, no que diz respeito aos restantes elementos da infografia, como o título e ícones, justifico as minhas escolhas.

Os ícones, são livros, e desde logo identificam o tema da infografia. São simples, mas visíveis, de modo a captar o olhar do leitor mas não a desviar a atenção. Escolhi cores vivas para contrastar com o background. Já para o fundo, escolhi um azul pastel por ser uma cor que facilita a leitura do que lhe é sobreposto e por causa do azul estar intimamente ligado à cidade do Porto.
Relativamente à tipografia usada, para “Alfarrabistas” usei uma font serifada e estilo handmade, que sugere antiguidade, uma vez que os alfarrabistas vendem livros antigos. Já para “Porto”, tentei usar uma font minimamente aproximada à do logótipo oficial da Camara Municipal do Porto.

Por sua vez, a introdução é breve, objetiva e apelativa, identifica e sumariza o assunto tratado na infografia.

Ultimamente, a composição que fecha a infografia, representa os monumentos e edifícios emblemáticos da cidade e considerei que era uma boa forma de terminar a infografia, enquadrar a informação e chamar a atenção do leitor.

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Bibliografia

  • DE PABLOS, Jose Manuel. 1999. Infoperiodismo. El Periodista como Creador de Infografia. Madrid: Editorial Sintesis.
  • HORN, Robert E. 1998. Visual Language: Global communication for the 21st Century, Washington: Macro VU, Inc.
  • RAJAMANICKAM, Venkatesh. 2005. Infographics Seminar Handout. Disponível em . Acesso em 8 de Junho de 2011.
  • RIBEIRO, Susana Almeida. 2008. Infografia de Imprensa: História e análise ibérica comparada. Minerva Coimbra. TUFTE, Edward R. 1983. The Visual Display of Quantitative Information. Cheshire, Connecticut: Graphics Press.

Proposta de trabalho #3: Processo

Inicialmente foi fornecida pelo JPN uma lista com os alfarrabistas da cidade do Porto, bem como os contactos de e-mail e telefónico e as moradas. Contudo, constatei que a lista estava bastante incompleta, por isso decidi fazer a minha própria pesquisa. Encontrei uma quantidade de alfarrabistas superior à previamente obtida e, quer através de telemóvel, quer presencialmente, estabeleci contacto com os alfarrabistas de forma a poder recolher informação.

Primeiro, estabeleci as perguntas a colocar consoante os dados que pretendia saber:

  1. Inauguração
  2. Quantidade de livros em loja
  3. Nacionalidades dos autores
  4. Idioma dos livros
  5. Géneros
  6. Amplitude dos preços e mediana
  7. Livro mais antigo
  8. Outros

Deste modo, fui apontado a informação que me davam.

Alfarrabistas

Depois da informação recolhida, comecei a pensar em como a iria organizar na infografia e que recursos iria utilizar. Assim, comecei por esboçar o seguinte esquema:

Relativamente à localização dos alfarrabistas, primeiro pensei no tradicional mapa da baixa da cidade. No entanto, por talvez ser um elemento “pesado” e por alguns dos alfarrabistas se encontrarem longe do centro (aí teria de ser um papa de uma dimensão maior), não achei adequado utilizar um mapa. Por isso, pensei num diagrama a partir da estação de São Bento com as livrarias e as distâncias. A estação de São Bento porque é um ponto de chegada da cidade e localiza-se no centro de um círculo hipotético da localização das lojas.

Enquanto ia trabalhando com o Photoshop e Ilustrator ia sarrabiscando no bloco as ideias que tinha e organizando a informação.

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Comecei por fazer um segmento de reta na vertical que representava a Avenida dos Aliados e para a esquerda e para a direita partiam ramos que representavam os alfarrabistas conforme a sua localização. Desisti desse formato por questões estéticas e de organização.

Assim, decidi continuar com o segmento de recta-Aliados, mas desta vez, trabalhar com uma espécie de régua organizada por ordem decrescente de proximidade à Avenida.

Todos os elementos da infografia foram criados e trabalhos por mim no Adobe Photoshop ou Ilustrator, excluindo a última imagem (o património), que retirei de um blog mas a trabalhei no Photoshop posteriormente de forma a adequar-se à infografia.

Proposta de trabalho #3: Infografia

“Com base num material de caráter jornalístico (artigo/notícia) desenvolva uma infografia orientada para um contexto editorial específico.

Objectivos:

  • Compreender o conceito de imagem enquanto elemento e linguagem de comunicação visual;
  • Desenvolver a capacidade de interpretar e apresentar visualmente informação;
  • Explorar a infografia enquanto linguagem informativa, desenvolver a capacidade de visualização do pensamento e comunicação visual de informação;
  • Capacidade de identificar os elementos infográficos;
  • Compreender o processo de construção de uma infografia;
  • Capacidade de integrar uma infografia num contexto editorial específico;”

 

Foi sugerido pelo professor trabalhar um tema de uma lista disponibilizada pelo JPN. Assim, decidi trabalhar a temática dos alfarrabistas do Porto.

Melhoria: Proposta de trabalho #2: Memória Fotográfica e Composição Final

Proposta de trabalho #2

“Com base num texto de um artigo, ou notícia, desenvolva uma composição apenas recorrendo a elementos tipográficos. Nesta composição a letra deve desempenhar um papel manifestamente estético e simbólico, associado ao seu valor semântico.

O texto a utilizar não deve ultrapassar as 500 palavras.”

 

Memória Fotográfica

O texto escolhido foi uma citação do livro “Into The Wild” (em português, “Na natureza selvagem”), de John Krakauer. O livro retrata a viagem de dois anos pela vida selvagem feita por Christopher McCandless desde 1990 até 1992. Em 2007, o livro foi adaptado ao cinema com o mesmo nome do livro (“Into the wild” ou em português, “O lado selvagem”), tendo como realizador Sean Penn e no papel de actor principal, Emile Hirsch.

“I think you really should make a radical change in your lifestyle and begin to boldly do things which you may previously never have thought of doing, or been too hesitant to attempt. So many people live within unhappy circumstances and yet will not take the initiative to change their situation because they are conditioned to a life of security, conformity, and conservatism, all of which may appear to give one peace of mind, but in reality nothing is more damaging to the adventurous spirit within a man than a secure future. The very basic core of a man’s living spirit is his passion for adventure. The joy of life comes from our encounters with new experiences, and hence there is no greater joy than to have an endlessly changing horizon, for each day to have a new and different sun. 

If you want to get more out of life, Ron, you must lose your inclination for monotonous security and adopt a helter-skelter style of life that will at first appear to you to be crazy. But once you become accustomed to such a life you will see its full meaning and its incredible beauty.

Don’t settle down and sit in one place. Move around, be nomadic, make each day a new horizon. You are still going to live a long time, Ron, and it would be a shame if you did not take the opportunity to revolutionize your life and move into an entirely new realm of experience.

You are wrong if you think Joy emanates only or principally from human relationships. God has placed it all around us. It is in everything and anything we might experience. We just have to have the courage to turn against our habitual lifestyle and engage in unconventional living.

My point is that you do not need me or anyone else around to bring this new kind of light in your life. It is simply waiting out there for you to grasp it, and all you have to do is reach for it. The only person you are fighting is yourself and your stubbornness to engage in new circumstances.

It is the experiences, the memories, the great triumphant joy of living to the fullest extent in which real meaning is found.

I don’t want to know what time it is. I don’t want to know what day it is or where I am. None of that matters.”

Tentativas e experiências

Inicialmente, o texto que eu decidira trabalhar era o artigo da BBC de 9 de abril de 1994, a noticiar a morte de Kurt Cobain.

Rock musician Kurt Cobain ‘shoots himself’

The lead-singer of American grunge rock band Nirvana, Kurt Cobain, has been found dead in his Seattle home.

The 27-year-old rock star had a single gunshot wound to the head. A gun and suicide note were found nearby.

It appeared he had been dead for at least 34 hours when his body was discovered by an electrician who was carrying out repairs at the musician’s house. Mr Cobain’s mother, Wendy O’Connor, said she had not heard from him for six days.

The troubled singer, whose band achieved global fame with the release of its album Nevermind in 1991, survived a drug and alcohol-induced coma in Rome last month.
Mr Cobain was married to the lead singer of the band Hole, Courtney Love. The couple had a daughter, Frances Bean, 18 months ago.A statement from Nirvana’s management company, Gold Mountain Entertainment, said: “We are deeply saddened by the loss of such a talented artist, close friend, loving husband and father.”

The three-piece group from Aberdeen in Washington State, were due to arrive in Britain next week on the next leg of their European tour.

Nirvana are widely acknowledged to be the leading pioneers of the Seattle-based grunge movement, combining a violent rock sound with lyrics expressing vulnerability and anguish.

Eight million copies of their hit Smells Like Teen Spirit have been sold worldwide. The band’s latest album, In Utero, released last year, was also a great success.

But American music journalist Jeff Gilbert said Mr Cobain had been depressed by bass player Chris Novoselic’s recent announcement that he wanted to leave the band.

Nirvana’s frontman joins a long litany of rock stars – including Jimi Hendrix, Jim Morrison and Janis Joplin – who have died young.

Ms O’Connor told reporters after her son went missing she had warned him about suffering a similar fate.

“I told him not to join that stupid club,” she said.”

Desta forma, como primeira tentativa e experiência de composição tipográfica, criei os contornos do rosto d Kurt Cobain a partir das palavras da notícia:

Cloud 2
De seguida, a partir do poema “Um dia não muito longe não muito perto”, de Ruy Belo, criei outra composição fotográfica.

Por fim, decidi optar definitivamente pela citação de “Into The Wild”, de John Krakauer.

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Processo

Para justificar e explicar as minhas escolhas relativamente à composição, penso que se já melhor proceder a uma enumeração por tópicos.

  1. O texto: A citação que eu escolhi incentiva a uma mudança radical no nosso estilo de vida. Diz-nos para arriscarmos e começarmos a fazer aquilo que sempre tivemos o desejo íntimo de fazer, mas que o quotidiano e conformismo da vida nunca nos deixou. Reflete sobre uma espécie de libertação, de saída da zona de conforto e segurança e alcançar a plenitude e realização através da vivência de novas experiências e aventuras. De um ponto de vista pessoal, o texto transmite-me a sensação de que sim, sou capaz de mudar de vida e escolher um caminho diferente daquele que tenho feito até agora. Contudo, tenho consciência de que esta mensagem fica-se, muito provavelmente, pela utopia ou sonho, que dificilmente consegue ter sucesso se posta em prática.

 

  1. A árvore: A árvore tem várias simbologias.
  • Em primeiro lugar, tal como os humanos, as árvores passam por um processo de crescimento e sofrem a passagem do tempo.
  • Para além disso, as raízes podem simbolizar a forma como estamos agarrados e presos à rotina. Num tom metafórico, por mais vento que haja, dificilmente consegue levantar as raízes, isto é, não é fácil largar velhos hábitos e a zona de conforto.
  • Por outro lado, tal como as pessoas vão mudando ao longo da vida, a árvore muda conforme as estações e as folhas velhas dão lugar às novas.

Na comunicação visual a expressão do conteúdo pode ser realizada de maneira direta ou indireta, porém nunca dissociado da forma (pois a forma é sempre afetada pelo conteúdo e o conteúdo pela forma). Em termos visuais, a nossa perceção de conteúdo e forma é simultânea. Por isso as técnicas de comunicação visual auxiliam no controle dos objetivos informacionais, na transmissão da mensagem objetivada e influencia a compreensão do usuário na interpretação e perceção do conteúdo desejado. (Dondis, Donis A.)

Deste modo, a metade inteira da árvore representa a parte de nós que tem os pés bem assentes na terra, que está agarrada ao quotidiano e conformada com a vida. Já a metade do lado direito, que se vai desfazendo e soltado do tronco, representa a libertação à qual o teto incentiva e a busca de novos horizontes.

Utilizei as técnicas de assimetria e irregularidade. Assimetria, pois se dividirmos a árvore em qualquer tipo de eixo (vertical, horizontal ou diagonal), as partes que resultam dessa divisão não são iguais. A irregularidade está diretamente ligada à assimetria e transmite a sensação de Ausência de equilíbrio, inquietação e movimento. Para além disso, tentei aplicar uma escala, no lado direito da figura, bem como a fragmentação da figura, de modo a passar a ideia de decomposição de elementos de um conjunto e, mais uma vez, movimento.

  1. As cores: escolhi o verde para a cor de letra, por esta ser uma cor essencialmente associada à natureza e à esperança.

 

  1. A font: A tipografia não é somente o desenho da forma das letras, mas também a sua organização no espaço. Para além de desenvolver uma fonte, é também fazer o bom uso dela. De acordo com Tschichold apud (Routila, 2002), uma palavra bem ajustada é o ponto inicial de toda tipografia. Sendo assim, decidi utilizar a font “Tempus Sans ITC”, por ser um tipo de letra ligeiramente serigrafado e de aspecto manual. As fontes serifadas caracterizam-se pela presença de arremates nas partes superiores e inferiores das letras. Serifas são pequenos traços aplicados às extremidades das letras. É um recurso antigo, nascido da escrita manual, mas que já não é tão utilizado actualmente. Dado que o livro ao qual pertence a citação escolhida é a biografia de um jovem, jovem o qual que deixou diversos testemunhos em diário, achei apropriado utilizar esta Por outro lado, além do caráter ornamental, a serifa tem aspetos funcionais importantes. Primeiro, guia os olhos do leitor de uma letra para outra. Isto acontece devido à linha imaginária criada pelos achatamentos que existem nas extremidades inferiores que permite uma leitura mais fluente. Neste caso, o objectivo é criar uma linha que acompanhe o movimento das letras à medida que estas se deslocam e fragmentam, facilitando a sugestão do movimento e direção.

Relativamente à proposta original, foram alterados os seguintes pontos:

  • A cor de fundo: O professor sugeriu mudar a cor de fundo de preto para branco, pois tornava a composição mais apelativa e leve. De facto, com o fundo branco, a composição adota uma imagem mais “clean”, menos pesada. Por um lado, verifico que o texto torna-se menos legível (já com o fundo preto não era facilmente legível). Contudo, experimentei dar um tom de verde escuro às letras para melhorar a legibilidade, mas não era possível perceber que se tratava de verde, rapidamente se podia dizer que era preto.
  • Espaçamentos: Ao analisar o que precisava de ser mudado na primeira proposta, observei que alguns períodos estavam quase “encavalitados” uns em cima dos outros por causa do espaçamento entre eles ser muito pequeno. Assim, reordenei os períodos de modo aos espaçamentos (kerning) ficarem mais homogéneos e a composição mais Por minha escolha, o espaçamento entre períodos é o mesmo, no entanto, um bom espaçamento não significa distância igual, mas sim áreas proporcionais de espaço em branco que ficam entre uma letra e outra. Por outro lado, o espaço entre as letras dever ser equidistante. Quando os espaçamentos estiverem adequados, este deve-se tornar impercetível para que o leitor se possa concentrar com mais facilidade e rapidez no significado das palavras ou na forma da composição.

Proposta 2 (original)

Bibliografia:

  • DONDIS, Donis A.. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes: 1997.
  • BRIDGEWATER, Peter. Introdução ao Design Gráfico. São Paulo: Estampa, 1999.
  • WONG, Wucius. Princípios de forma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
  • ROUTILA, S. Form and counterform in graphic design: a phenomenological approach. In: “Issues confronting the post-european world”, Prague: The organization of phenomenologial organizations. 2002.
  • PERROTTA, Isabella. Tipos e grafias. Rio de Janeiro: Senac, 2005.
  • MORAES, A.; Balster, M.; Herzog, P. Legibilidade das famílias tipográficas. In: P & D Design estudos em design,1996, Rio de Janeiro. Anais: Rio de Janeiro: Associação de Ensino de Design do Brasil, p.7-21.

 

Memória fotográfica em PDF:

Memória fotográfica Proposta 2 DCV

 

Proposta de trabalho #2: Memória Fotográfica

Proposta de trabalho #2

“Com base num texto de um artigo, ou notícia, desenvolva uma composição apenas recorrendo a elementos tipográficos. Nesta composição a letra deve desempenhar um papel manifestamente estético e simbólico, associado ao seu valor semântico.

O texto a utilizar não deve ultrapassar as 500 palavras.”

Memória Fotográfica

O texto escolhido foi uma citação do livro “Into The Wild” (em português, “Na natureza selvagem”), de John Krakauer. O livro retrata a viagem de dois anos pela vida selvagem feita por Christopher McCandless desde 1990 até 1992. Em 2007, o livro foi adaptado ao cinema com o mesmo nome do livro (“Into the wild” ou em português, “O lado selvagem”), tendo como realizador Sean Penn e no papel de actor principal, Emile Hirsch.

“I think you really should make a radical change in your lifestyle and begin to boldly do things which you may previously never have thought of doing, or been too hesitant to attempt. So many people live within unhappy circumstances and yet will not take the initiative to change their situation because they are conditioned to a life of security, conformity, and conservatism, all of which may appear to give one peace of mind, but in reality nothing is more damaging to the adventurous spirit within a man than a secure future. The very basic core of a man’s living spirit is his passion for adventure. The joy of life comes from our encounters with new experiences, and hence there is no greater joy than to have an endlessly changing horizon, for each day to have a new and different sun. 

If you want to get more out of life, Ron, you must lose your inclination for monotonous security and adopt a helter-skelter style of life that will at first appear to you to be crazy. But once you become accustomed to such a life you will see its full meaning and its incredible beauty.

Don’t settle down and sit in one place. Move around, be nomadic, make each day a new horizon. You are still going to live a long time, Ron, and it would be a shame if you did not take the opportunity to revolutionize your life and move into an entirely new realm of experience.

You are wrong if you think Joy emanates only or principally from human relationships. God has placed it all around us. It is in everything and anything we might experience. We just have to have the courage to turn against our habitual lifestyle and engage in unconventional living.

My point is that you do not need me or anyone else around to bring this new kind of light in your life. It is simply waiting out there for you to grasp it, and all you have to do is reach for it. The only person you are fighting is yourself and your stubbornness to engage in new circumstances.

It is the experiences, the memories, the great triumphant joy of living to the fullest extent in which real meaning is found.

I don’t want to know what time it is. I don’t want to know what day it is or where I am. None of that matters.”

 

 

Tentativas e experiências

Inicialmente, o texto que eu decidira trabalhar era o artigo da BBC de 9 de abril de 1994, a noticiar a morte de Kurt Cobain.

Rock musician Kurt Cobain ‘shoots himself’

The lead-singer of American grunge rock band Nirvana, Kurt Cobain, has been found dead in his Seattle home.

The 27-year-old rock star had a single gunshot wound to the head. A gun and suicide note were found nearby.

It appeared he had been dead for at least 34 hours when his body was discovered by an electrician who was carrying out repairs at the musician’s house. Mr Cobain’s mother, Wendy O’Connor, said she had not heard from him for six days.

The troubled singer, whose band achieved global fame with the release of its album Nevermind in 1991, survived a drug and alcohol-induced coma in Rome last month.
Mr Cobain was married to the lead singer of the band Hole, Courtney Love. The couple had a daughter, Frances Bean, 18 months ago.A statement from Nirvana’s management company, Gold Mountain Entertainment, said: “We are deeply saddened by the loss of such a talented artist, close friend, loving husband and father.”

The three-piece group from Aberdeen in Washington State, were due to arrive in Britain next week on the next leg of their European tour.

Nirvana are widely acknowledged to be the leading pioneers of the Seattle-based grunge movement, combining a violent rock sound with lyrics expressing vulnerability and anguish.

Eight million copies of their hit Smells Like Teen Spirit have been sold worldwide. The band’s latest album, In Utero, released last year, was also a great success.

But American music journalist Jeff Gilbert said Mr Cobain had been depressed by bass player Chris Novoselic’s recent announcement that he wanted to leave the band.

Nirvana’s frontman joins a long litany of rock stars – including Jimi Hendrix, Jim Morrison and Janis Joplin – who have died young.

Ms O’Connor told reporters after her son went missing she had warned him about suffering a similar fate.

“I told him not to join that stupid club,” she said.”

Desta forma, como primeira tentativa e experiência de composição tipográfica, criei os contornos do rosto d Kurt Cobain a partir das palavras da notícia:

Cloud 2
De seguida, a partir do poema “Um dia não muito longe não muito perto”, de Ruy Belo, criei outra composição fotográfica.

UM DIA

Por fim, decidi optar definitivamente pela citação de “Into The Wild”, de John Krakauer.

Processo

Para justificar e explicar as minhas escolhas relativamente à composição, penso que se já melhor proceder a uma enumeração por tópicos.

  1. O texto: A citação que eu escolhi incentiva a uma mudança radical no nosso estilo de vida. Diz-nos para arriscarmos e começarmos a fazer aquilo que sempre tivemos o desejo íntimo de fazer, mas que o quotidiano e conformismo da vida nunca nos deixou. Reflete sobre uma espécie de libertação, de saída da zona de conforto e segurança e alcançar a plenitude e realização através da vivência de novas experiências e aventuras. De um ponto de vista pessoal, o texto transmite-me a sensação de que sim, sou capaz de mudar de vida e escolher um caminho diferente daquele que tenho feito até agora. Contudo, tenho consciência de que esta mensagem fica-se, muito provavelmente, pela utopia ou sonho, que dificilmente consegue ter sucesso se posta em prática.

 

  1. A árvore: A árvore tem várias simbologias.

 

  • Em primeiro lugar, tal como os humanos, as árvores passam por um processo de crescimento e sofrem a passagem do tempo.
  • Para além disso, as raízes podem simbolizar a forma como estamos agarrados e presos à rotina. Num tom metafórico, por mais vento que haja, dificilmente consegue levantar as raízes, isto é, não é fácil largar velhos hábitos e a zona de conforto.
  • Por outro lado, tal como as pessoas vão mudando ao longo da vida, a árvore muda conforme as estações e as folhas velhas dão lugar às novas.

 

Deste modo, a metade inteira da árvore representa a parte de nós que tem os pés bem assentes na terra, que está agarrada ao quotidiano e conformada com a vida. Já a metade do lado direito, que se vai desfazendo e soltado do tronco, representa a libertação à qual o teto incentiva e a busca de novos horizontes.

  1. As cores: escolhi o verde para a cor de letra, por esta ser uma cor directamente associada à natureza e à esperança.

 

  1. A font: Tempus Sans ITC, por ser um tipo de letra ligeiramente serigrafado e de aspecto manual. Dado que o livro ao qual pertence a citação escolhida é a biografia de um jovem, jovem o qual que deixou diversos testemunhos em diário, achei apropriado utilizar esta font.

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Proposta de trabalho #2: Composição final

Para justificar e explicar as minhas escolhas relativamente à composição, penso que se já melhor proceder a uma enumeração por tópicos.

  1. O texto: A citação que eu escolhi incentiva a uma mudança radical no nosso estilo de vida. Diz-nos para arriscarmos e começarmos a fazer aquilo que sempre tivemos o desejo íntimo de fazer, mas que o quotidiano e conformismo da vida nunca nos deixou. Reflete sobre uma espécie de libertação, de saída da zona de conforto e segurança e alcançar a plenitude e realização através da vivência de novas experiências e aventuras. De um ponto de vista pessoal, o texto transmite-me a sensação de que sim, sou capaz de mudar de vida e escolher um caminho diferente daquele que tenho feito até agora. Contudo, tenho consciência de que esta mensagem fica-se, muito provavelmente, pela utopia ou sonho, que dificilmente consegue ter sucesso se posta em prática.

 

  1. A árvore: A árvore tem várias simbologias.
  • Em primeiro lugar, tal como os humanos, as árvores passam por um processo de crescimento e sofrem a passagem do tempo.
  • Para além disso, as raízes podem simbolizar a forma como estamos agarrados e presos à rotina. Num tom metafórico, por mais vento que haja, dificilmente consegue levantar as raízes, isto é, não é fácil largar velhos hábitos e a zona de conforto.
  • Por outro lado, tal como as pessoas vão mudando ao longo da vida, a árvore muda conforme as estações e as folhas velhas dão lugar às novas.

Deste modo, a metade inteira da árvore representa a parte de nós que tem os pés bem assentes na terra, que está agarrada ao quotidiano e conformada com a vida. Já a metade do lado direito, que se vai desfazendo e soltado do tronco, representa a libertação à qual o texto incentiva e a busca de novos horizontes.

 

3. As cores: escolhi o verde para a cor de letra, por esta ser uma cor directamente associada à natureza e à esperança.

 

4. A font: Tempus Sans ITC, por ser um tipo de letra ligeiramente serigrafado e de aspecto manual. Dado que o livro ao qual pertence a citação escolhida é a biografia de um jovem, jovem o qual que deixou diversos testemunhos em diário, achei apropriado utilizar esta font.

 

into the wild

Proposta de trabalho #2: Experiências

Após duas experiências não muito bem sucedidas, decidi arriscar e usar uma citação do livro “Into The Wild” (em português, “Na natureza selvagem”), de John Krakauer. O livro retrata a viagem de dois anos pela vida selvagem feita por Christopher McCandless desde 1990 até 1992. Em 2007, o livro foi adaptado ao cinema com o mesmo nome do livro (“Into the wild” ou em português, “O lado selvagem”), tendo como realizador Sean Penn e no papel de actor principal, Emile Hirsch.

A citação é a seguinte:

“I think you really should make a radical change in your lifestyle and begin to boldly do things which you may previously never have thought of doing, or been too hesitant to attempt. So many people live within unhappy circumstances and yet will not take the initiative to change their situation because they are conditioned to a life of security, conformity, and conservatism, all of which may appear to give one peace of mind, but in reality nothing is more damaging to the adventurous spirit within a man than a secure future. The very basic core of a man’s living spirit is his passion for adventure. The joy of life comes from our encounters with new experiences, and hence there is no greater joy than to have an endlessly changing horizon, for each day to have a new and different sun.

If you want to get more out of life, you must lose your inclination for monotonous security and adopt a helter-skelter style of life that will at first appear to you to be crazy. But once you become accustomed to such a life you will see its full meaning and its incredible beauty.

Don’t settle down and sit in one place. Move around, be nomadic, make each day a new horizon. You are still going to live a long time, Ron, and it would be a shame if you did not take the opportunity to revolutionize your life and move into an entirely new realm of experience.

You are wrong if you think Joy emanates only or principally from human relationships. God has placed it all around us. It is in everything and anything we might experience. We just have to have the courage to turn against our habitual lifestyle and engage in unconventional living.

My point is that you do not need me or anyone else around to bring this new kind of light in your life. It is simply waiting out there for you to grasp it, and all you have to do is reach for it. The only person you are fighting is yourself and your stubbornness to engage in new circumstances.

It is the experiences, the memories, the great triumphant joy of living to the fullest extent in which real meaning is found.

I don’t want to know what time it is. I don’t want to know what day it is or where I am. None of that matters.”

(404 palavras)

 

Proposta de trabalho #2: Experiências

Desta vez com o poema “Um dia não muito longe não muito perto” de Ruy Belo, tentei proceder a uma experiência tipográfica. Decidi usar diferentes tipos de letra e tamanhos para mostrar o significado de cada palavra. No caso de “farto”, utilizei o bold para transmitir a saturação, bem como as maiúsculas e o tamanho ampliado em “tudo isto”. Já em “sempre”, o itálico e o espaço entre as letras de modo a passar a ideia de prolongamento. Por sua vez, em “não muito longe não muito perto”, fiz uma gradação de cor e tamanho na tentava de criar distância e perspectiva.

um dia

Mais uma vez, tentei adaptar o significado de cada palavra à sua tipologia. Contudo, cheguei à conclusão que se tornava uma composição muito dispersa e que dificilmente transmitia uma mensagem explícita.

uuu

Por fim, utilizando o Photoshop, fui experiementado criar a tal graduação e perspectiva. Honestamente, não acho que tenha sido uma tentativa bem conseguida.UM DIA